quinta-feira, 2 de maio de 2013

Semana dos Escritores Clássicos: José de Alencar

José Martiniano de Alencar (01/05/1829 - 12/12/1877)

Jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista, teatrólogo e dramaturgo brasileiro, José de Alencar nasceu em Messejana, CE e cursou Direito em São Paulo/Olinda.
Formado, começa a advogar no Rio, passa a colaborar no Correio Mercantil e a escrever para o Jornal do Commercio os folhetins que, em 1874, reuniu sob o título de Ao correr da pena. Redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro em 1855 publicou seu primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha, mas é com O Guarani que alcançará notoriedade (estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros). Filiado ao Partido Conservador, foi eleito várias vezes deputado geral pelo Ceará e também ministro da Justiça; Não conseguiu tornar-se senador, devendo contentar-se com o título do Conselho. Desgostoso com a política, passou a dedicar-se exclusivamente à literatura.
Escreveu romances indianistas, urbanos, regionais, históricos, romances-poemas de natureza lendária, obras teatrais, poesias, crônicas, ensaios e polêmicas literárias, escritos políticos e estudos filosóficos.
Em 1866, Machado de Assis, elogiou calorosamente o romance Iracema e José de Alencar confessou a alegria que lhe proporcionou essa critica em Como e porque sou romancista. Assis sempre teve Alencar em alta conta e, ao fundar-se a Academia Brasileira de Letras, escolheu-o como patrono de sua cadeira.
A obra obra citada é da mais alta significação nas letras brasileiras, então ele passou a ser chamado "o patriarca da literatura brasileira" por ser a primeira figura das nossas letras.

Curiosidade: Em 1872 se tornou pai de Mário de Alencar, o qual, segundo uma história nunca confirmada, seria na verdade filho de Machado de Assis, dando respaldo para o romance Dom Casmurro. Será?

Faleceu no Rio de Janeiro, de tuberculose, aos 48 anos de idade.

Algumas obras de Alencar:
Iracema:
A virgem tabajara Iracema apaixonou-se por Martim, um colonizador português.
Entre as guerras e conflitos, ciúmes e disputa de poder, a história desse amor proibido tem como pano de fundo a cultura indígena, com seus deuses e mitos, a miscigenação do branco com o índio e o surgimento de um novo país numa terra fértil.

O Guarani:
Um dos maiores clássicos da literatura brasileira, ícone do indianismo romântico, O Guarani é um romance em que um índio guarani tenta conviver com os colonos portugueses que invadem suas terras. Alencar mostra, com todas as nuances possíveis, o choque entre duas culturas com visões de mundo completamente diferentes.

Senhora:
Tem como protagonista Aurélia Camargo, uma moça bela, inteligente e de muita personalidade que vive um desilusão amorosa ao ser trocada por uma moça mais rica. Ao receber uma herança, Aurélia decide lutar para recuperar seu amado e acaba conseguindo casar-se com ele. No fim, redimidos, ela do orgulho, ele pela humilhação, o verdadeiro amor vence. No romance percebemos a condenação do casamento por conveniência e a retratação do Rio de Janeiro do Segundo Império, dando especial atenção ao modo de vida da burguesia e às relações humanas na sociedade da época.


Esta foi a pequena homenagem feita pelo blog Macaco Literário ao escritor José de Alencar, já que hoje completa-se 184 anos desde o dia de seu nascimento. Um ícone da literatura brasileira, conhecido pelos romances detalhistas e a idealização dos índios, do amor e do Brasil.


Bibliografia para mais detalhes da vida do escritor: Wikipédia, ABL












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