sábado, 4 de maio de 2013

Semana dos Escritores Clássicos: Jorge Amado

Jorge Leal Amado de Faria (06/08/1912 - 06/08/2001)

Nascido em Itabuna, BA, foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos, além de ser também o autor mais adaptado na televisão brasileira.
Estudou na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual UFRJ, e ali travou seus primeiros contatos com o movimento comunista organizado. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai, período em que fez longa viagem pela América Latina.
Em 1945, foi eleito membro da Assembleia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do estado de SP. Jorge Amado foi autor da lei que assegura o direito à liberdade de culto religioso.
Seu Partido foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos no ano de 1947, por isso ele teve que se exilar com sua família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. 
De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixa os quadros do Partido Comunista.
Dedicou-se inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis.
Faleceu em Salvador e, conforme seu desejo, foi cremado. Suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência no dia em que completaria 89 anos.

Obras:
Capitães da Areia
Uma história crua e comovente sobre meninos pobres que moram num trapiche em Salvador e clássico absoluto dos livros sobre infância abandonada, assombrou e encantou vária gerações de leitores e permanece até hoje tão atual quanto na época em que foi escrito.

Gabriela, Cravo e Canela
O romance entre o sírio Nacib e a mulata Gabriela, um dos mais sedutores personagens femininos criados por Jorge Amado, tem como pano de fundo, em meados dos anos 1920, a luta pela modernização de Ilhéus, em desenvolvimento graças às exportações do cacau. Com sua sensualidade inocente, Gabriela não apenas conquista o coração de Nacib como também seduz um sem-número de homens ilheenses, colocando em xeque a lei que exigia que a desonra do adultério feminino fosse lavada com sangue.
Publicado em 1958, o livro logo se tornou um sucesso mundial. Na televisão, a história se transformou numa das novelas brasileiras mais aclamadas mundo afora.

Dona Flor e Seus Dois Maridos
Conta a história de Florípedes Paiva, que conhece em seus dois casamentos a dupla face do amor: com o boêmio Vadinho, Flor vive a paixão avassaladora, o erotismo febril, o ciúme que corrói. Com o farmacêutico Teodoro, com quem se casa depois da morte do primeiro marido, encontra a paz doméstica, a segurança material, o amor metódico.

Tieta do Agreste
Fogosa pastora de cabras e namorada de homens, a adolescente Tieta é surrada pelo pai e expulsa de Santana do Agreste graças à delação de suas aventuras eróticas por parte da irmã mais velha, a pudica e reprimida Perpétua. Um quarto de século depois, rica quarentona, Tieta retorna em triunfo ao vilarejo, no interior da Bahia. Com dinheiro e influência política, ajuda a família e traz benefícios à comunidade, entre eles a luz elétrica.
Para os parente e amigos de Agreste, Tieta enriqueceu no sul ao se casar com um industrial e comendador. Mas aos poucos o narrador vai implantando no leitor a dúvida, o descrédito, até revelar a história oculta da protagonista. Nesse acerto de contas com o passado, ela acaba se envolvendo na acirrada disputa em torno do futuro do lugarejo.


Jorge Amado
Imagem e dados retirados de: Fundação Casa
Mais dados: Wikipédia

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